Lula: Bandido favorito dos petistas



Passeio aqui, mais uma vez, nos argumentos dos petistas, nesse momento de catarse feliz de muitos brasileiros, diante da condenação do Lula:

1) “ .... Não há provas .... “
É uma afirmação pré-fabricada, de quem não leu e não gostou. No caso do Lula, o que há é excesso de provas: Critiquem menos e leiam mais.

2) “... Ah, mas o que é um pedalinho?” 
Isso é tão absurdo quanto resumir os malfeitos do Sérgio Cabral com a privada térmica ou uma certa joia. É um exemplo perfeito da falácia do apelo ao ridículo , chamada em Inglês de horse laugh. 

3) “... Ah, mas é só um apartamento xexelento.”.
Chamar um triplex de xexelento é um desrespeito com a maioria dos brasileiros. Além disso, esse processo não é só sobre o triplex. E há mais 4 processos no ar, fora outros a caminho.

O mais engraçado é que, no delírio petista, um triplex é a nova maçã na feira, parodiando a frase “Orange is the New Black”. Claro que sempre haverá políticos que desviaram muito mais, mas isso não diminui um crime. Não tem essa de dizer que R$ 1 ou R$ 10 milhões é pouco. Que uma maçã na feira corresponde, de fato, ao princípio da insignificância, isso não se discute.


4)”...O Moro é PSDB de raiz ...”
Escolha aqui a alternativa certa: a) O Moro é treinado pela CIA; b) O Moro é do PSD; c) O pai do Moro era do PSDB; d) A esposa do Moro é do PSDB;  e) O Moro absolveu todos implicados do BANESTADO; f) A esposa dele advogou para Shell;  g) Todas anteriores estão erradas.

Quem marcou g) ganha uma bala. Moro não é perfeito, ninguém é; mas é tudo rigorosamente falso

5)
“.... O Moro não investigou ...”
Esse tipo de afirmação demonstra de um desconhecimento atroz do funcionamento da Justiça. Nem o Moro ou qualquer juiz são para-raios do Judiciário. Juízes não investigam ninguém, eles julgam. Moro é titular de uma vara penal no Paraná.

Uma investigação de interesse público é disparada pela procuradoria, a partir de uma denúncia, e é conduzida pela polícia civil ou federal. Quando há indícios, a história vira um inquérito e ao final, se faz sentido, vira uma denúncia.  Só aí uma vara é sorteada e o juiz é designado. Se o juiz acolhe a denúncia, os denunciados viram réus.


Alguns processos têm caído para o Moro sem sorteio porque muitas ações referem-se à mesma teia da Lava Jato com muitos personagens comuns. Não faz sentido nomear outro juiz que terá que estudar tudo de novo.

6) ".... Enquanto isso o Aécio ..."
Outra estratégia diversionista de botequim.

Pela milésima vez, Aécio, acompanhado de tantos outros venais, tem foro privilegiado o que torna tudo mais complicado. Não se compara alhos com bugalhos.

Mais a mais, Lula não é uma pessoa qualquer. É alguém que foi duas vezes presidente do Brasil, tem milhões de apoiadores, foi venerado por muitos internacionalmente, sempre bateu no peito sua honestidade, e vem de um partido que se diz quase ter inventado a bandeira da ética e da anticorrupção. 

Perto dele, Aécio não é ninguém. Nunca foi presidente. Não é conhecido lá fora. Aécio teve votos, é verdade,  mas sua base popular é efêmera. Quem do povo está disposto a morrer por ele? Só um louco! Quem, fora de sua reduzida tropa de choque, o continuará apoiando se ele for condenado?

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