Os 4 cavaleiros do STF que estimulam a impunidade.

Dos 5 ministros que votaram favoravelmente pelo HC do Lula, todos eles se destacam negativamente, com exceção do Celso de Mello.                 

Foram justamente os que votaram ontem pela soltura do então todo poderoso ministro da Fazenda petista Antonio Palocci. 
          
Tudo indica que Palocci foi o grande executivo da ladroagem petista, antes dele passar o bastão para o Guido Mantega. 
Sabemos todos que Lula pode ser a rainha da Inglaterra do esquemão da corrupção, o centro espiritual do famoso slide do PowerPoint do procurador Deltan Dallagnol, mas Lula não tinha condições técnicas para ser o CEO do mega esquema.
             
Os votos desses 4 cavaleiros estão muito previsíveis, quando são votações que favorecem a impunidade de corruptos.
                 
1) Gilmar Mendes

Esse é hors concours. Foi nomeado em 2002 pelo FHC.

Nem vale a pena se aprofundar. Ele era execrado  por todas as correntes ideológicas.
Parte do PT começou a aliviar a pressão quando ele começou a votar de acordo com a vontade dele.
                  
Dentre dezenas de "decisões" questionáveis, ligações perigosas, etc; duas dessas decisões  de Gilmar Mendes marcaram especialmente:

a - Em 2008, Gilmar Mendes soltou o serial estuprador Roger Abdelmassih em 2008, que logo em seguida fugiu para o Paraguai, onde ficou até ser recapturado, por tolice dele.

b - Em 2017 Gilmar Mendes soltou o empresário de ônibus Jacob Barata, envolvido até a medula com o Sérgio Cabral. Lembrando que o ministro foi padrinho de casamento da filha do empresário. Além disso, um dos advogados de Jacob Barata Filho também é advogado de Gilmar Mendes.  Nada disso fez Gilmar declarar-se impedido.           

Recentemente ele monocraticamente mandou o juiz Marcelo Bretas repetir todas as audiência do processo contra seu amigo Jacob Barata. Provavelmente Gilmar está trabalhando para que o tempo passe e a prescrição chegue.

2 - Ricardo Lewandowski

Esse foi nomeado pelo Lula em 2003 e tem boa parte de sua história profundamente ligada ao PT e ao Lula. Foi o voto mais leniente no processo do Mensalão que ocorreu entre 2005 e 2012.

Dentre as várias histórias dele, vale destacar a votação do Impeachment da Dilma. Nesse episódio, Ricardo Lewandowski foi protagonista de
um autêntico e monstruoso monstrengo jurídico:

Em 2016, obrigado a avalizar a votação do Impeachment da Dilma no Senado, Lewandowski, terminou concordando com o Senado no sentido de manter os direitos políticos da Dilma, em flagrante desrespeito ao parágrafo único do artigo 52 da Constituição Federal.

Essa é uma violação constitucional muito mais isenta de possíveis interpretações do que o ministro Celso de Mello alega em relação à frase "trânsito em julgado", presente no artigo 5 da Constituição Federal, em relação ao cumprimento de uma condenação penal após condenação em segunda instância.


3 - Dias Toffoli                

O Dias Toffoli, formado em 1990 é ainda jovem e tem toda a sua carreira ligada à CUT e ao PT. Em 2009, ele foi nomeado como juiz do STF, a mais alta corte do país. Sua nomeação foi chancelada pelo Senado, então com grande maioria governista. 

Seu currículo é bem mais fraco que qualquer um dos seus pares: Foi duas vezes reprovado em concurso para juiz em São Paulo, nunca foi juiz ou procurador, nunca cursou mestrado ou pós-graduação  e não escreveu artigos publicados com mínima relevância.            

Toffoli incrivelmente não se declarou impedido para julgar José Dirceu no mensalão, tendo inclusive sido seu advogado particular em algumas ocasiões. Ele terminou votando pela sua absolvição (que surpresa!), embora Dirceu terminasse condenado. 
              
Ele tem no seu currículo um enorme conjunto de decisões favorecendo seus amigos do PT.

4 - Marco Aurélio Mello

O PT hoje conta com Marco Aurélio Mello como aliado, no contexto de um acordão para salvar tanto Lula como seus adversários.

Houve um tempo que Marco Aurélio de Mello falava mal do PT: O ministro Marco Aurélio Mello em 2012 chegou a falar da quadrilha dos 13, comparando o Partido dos Trabalhadores à máfia italiana e lembrou um discurso em que citou o “fosso moral”

Uma reportagem do Brasil247 mostra como a esquerda não era nada simpática ao ministro Marco Aurélio de Mello, em função desse tipo de declaração.

Essa matéria, citando uma reportagem da revista Época, cita o evento em 2000 que Marco Aurélio de Mello concedeu habeas corpus ao seu vizinho Salvatore Cacciola do luxuoso condomínio Golden Green, acusado de causar um rombo de R$ 1,6 bilhões aos cofres públicos.

A decisão foi monocrática aproveitando-se de sua condição de presidente interino do STF. Cacciola fugiu do país logo em seguida e foi capturado ano depois em Mônaco, em um cassino.

A esquisitice e a atuação errática acompanha a trajetória desse ministro, primo do Collor, e indicado por ele em 1990. Ele é conhecido como "voto vencido" por vários de seus esdrúxulos votos.             

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Em suma, a maioria em votações importantes é extremamente frágil e qualquer mudança na composição do Supremo ou uma idiossincrasia de algum ministro, pode virar a mesa a favor da impunidade para os ricos e corruptos.

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